Documentos apontam que no século XVIII, antes mesmo da criação do circo moderno, já haviam grupos circenses no Brasil. Normalmente, essas companhias eram formadas por ciganos, expulsos da Península Ibérica. Em suas apresentações eles faziam de tudo: doma de animais, números de ilusionismo e até teatro de bonecos. O circo moderno só chegou ao Brasil a partir de 1830. Incentivadas pelos ciclos econômicos do café, borracha e cana-de-açúcar, grandes companhias européias vinham apresentar-se nas cidades brasileiras. Foram essas companhias que ajudaram a formar as primeiras famílias de circo, que passaram a ser as responsáveis pelo desenvolvimento do circo moderno no Brasil.
Eram realmente famílias, com laços consangüíneos, que sustentavam esta atividade. Pai, avô, filho, sobrinhos e netos eram responsáveis por tudo, desde a infra-estrutura e montagem do circo, até o espetáculo. Sempre foram mantidos os números clássicos, como o do engolidor de fogo ou o da corda bamba, mas foram criadas também novas atrações, já enquadradas à cultura do povo brasileiro.