Capa do livro Circo Nerino. Editado pelo SESC, São Paulo. Foto: Arquivo do Circo Nerino. |
"O circo é como o trem: uma coisa romântica, de uma grande ternura, do passado. É uma coisa prática para o povo. Você vai à vontade. O circo tem de ser preservado. É uma dessas coisas que jamais deveriam terminar."
Dercy Gonçalves |
Há registros, segundo o autor Antonio Torres, em seu livro O circo no Brasil, de que a arte circense remonta a antes da era Cristã, e que suas raízes estão nos hipódromos da Grécia antiga e no grande Império Egípcio. No Egito, os primeiros sinais da arte circense estão gravados nas pirâmides, com desenhos de domadores, equilibristas, malabaristas e contorcionistas. Os espetáculos desse período eram como as procissões, que tinham o objetivo de saudar os generais vitoriosos. Nesses cortejos, havia a doma, o desfile de animais exóticos e soldados conduzindo os novos escravos, além de apresentações em argolas e barras, que lembravam números da moderna ginástica olímpica. No início, a arte circense tinha uma forte relação com esse esporte, com números baseados em saltos e acrobacias. |